Servidores de Joinville estão em Estado de Greve
![Auditório e pátio do Sinsej ficaram lotados na assembleia I Foto: Aline Seitenfus](https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/wordpress-direta/sites/141/wp-content/uploads/2020/11/17104211/2015-11-Aline-Seitenfus3-650x268-1.jpg)
Os servidores de Joinville decidiram hoje (25/11) entrar em estado de greve. A decisão foi tomada em maciça assembleia realizada na sede do sindicato. Uma nova assembleia, com paralisação, será realizada na próxima terça-feira, às 14 horas, na Sociedade Ginástica. A categoria protesta contra os cortes de direitos que vêm sendo anunciados desde a semana passada pela Prefeitura.
Em 20 de novembro, o prefeito Udo Döhler comunicou que cancelaria o vale-alimentação dos servidores durante alguns períodos de licença e afastamento. Além disso, seriam suspensas a possibilidade de converter um terço de férias em abono pecuniário, a indenização de licença prêmio e a cesta natalina.
Esta semana, uma portaria da Secretaria de Gestão de Pessoas aprofundou os cortes, estendendo o não pagamento de vale-alimentação para todos os períodos de afastamento, o que inclui licenças por motivo de saúde e por gestação, por exemplo.
![Ulrich afirmou que a categoria não aceitará retirada de direitos I Foto: Aline Seitenfus](https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/wordpress-direta/sites/141/wp-content/uploads/2020/11/17104214/2015-11-Aline-Seitenfus-300x182-1.jpg)
Na noite de ontem houve uma reunião entre a direção do Sinsej e a equipe de governo. Döhler manteve sua posição e informou que também não será pago o abono para servidores que trabalharem durante o recesso de fim de ano da categoria.
A maior parte desses direitos consta no Estatuto dos Servidores e em outras leis municipais. Porém, o prefeito tenta retirá-los com uma portaria da secretaria.
Na terça pela manhã, ocorrerá nova audiência entre sindicato e o governo. “Esperamos que o prefeito reveja e reverta estas medidas”, disse o presidente do sindicato, Ulrich Beathalter. “Não vamos aceitar que tirem nenhum direito nosso”.
O sindicalista explicou que, por meio de uma forte campanha publicitária, a Prefeitura tenta incutir na população a ideia de que estão sendo cortados benefícios de quem não trabalha. No entanto, o que ocorre é a preservação dos privilégios dos servidores comissionados e a retirada de direitos da parte mais fragilizada da categoria, como os que estão afastados e doentes.
Ele convidou cada servidor a conversar com seus colegas de trabalho e participar da assembleia de terça. Nesta ocasião, serão avaliados os resultados da audiência com o governo. Se não houver mudança na postura do Executivo, não está descartada a possibilidade de deflagração de greve geral da categoria.
![O que ocorre é a preservação dos privilégios dos servidores comissionados e a retirada de direitos da parte mais fragilizada da categoria I Foto: Aline Seitenfus](https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/wordpress-direta/sites/141/wp-content/uploads/2020/11/17104158/2015-11-12304074_497277920450870_1063830721390240177_o-650x433-1.jpg)