Servidores de Joinville terão assembleia dia 11
O Sinsej convida todos os servidores municipais de Joinville para a assembleia que acontecerá nesta quinta-feira (11/2), às 19 horas, na Câmara de Vereadores. Estará em discussão a aprovação da Pauta de Reivindicações da Campanha Salarial 2016, documento que será entregue em seguida ao prefeito Udo Döhler. Também deverá ser apresentada a situação do Ipreville, onde o conselho administrativo aprovou recentemente um novo parcelamento da dívida patronal. Por último, a assembleia votará alterações estatutárias propostas pelo Congresso do Sinsej, em novembro de 2015.
Campanha Salarial
Na reunião do Conselho de Representantes por Local de Trabalho de Joinville, na última quinta-feira (4/2), o presidente do Sinsej, Ulrich Beathalter, analisou a situação econômica do país e do município. Ele explicou que o prefeito opta por fazer os servidores pagarem pela crise, retirando direitos de quem fez concurso e mantendo privilégios dos indicados, como a incorporação no salário do Adicional por Tempo de Chefia (ATC). Udo também conserva uma grande quantidade de cargos comissionados na Prefeitura e garante a todos o pagamento de triênios – 6% de reajuste a cada três anos.
Para cancelar concursos e contratações, o prefeito usa a desculpa de quedas na arrecadação. No entanto, no Portal das Transferências Constitucionais de Santa Catarina é possível conferir que o ICMS subiu 8,3% na relação entre o dia de hoje e a mesma data de 2015. O Fundeb também já teve um aumento de 10,7% em comparação com o mesmo período.
Ulrich lembrou ainda que até o início da atual gestão do Sinsej os servidores de Joinville acumulavam uma desvalorização salarial que em alguns setores chegava a 44%. Desde então, as perdas foram estancadas e 7,36% puderam ser recuperadas. “É preciso continuar agindo com unidade, organização e luta”.
Ipreville
Na reunião com os representantes, o diretor do Sinsej Antônio Felix Mafra explicou que as dívidas da Prefeitura com o Ipreville vêm crescendo assustadoramente. A presidência do conselho administrativo, por sua vez, manobra para votar duas vezes e aprovar os pedidos de parcelamento do governo, mesmo com a oposição de todos os membros eleitos pela categoria. O Sinsej já entrou com uma ação, mas acredita que se a Justiça não estiver ao lado dos trabalhadores será preciso discutir a permanência no conselho.
Estatuto do Sinsej
A assembleia deverá votar ainda mudanças estatutárias propostas pelo Congresso do Sinsej e reapresentadas na última quinta ao Conselho de Representantes. A primeira delas altera a data da realização dos congressos do primeiro para o último ano de cada gestão. A segunda, proíbe a remuneração de dirigentes sindicais pela entidade. “Na antiga gestão do Sinsej, antes de 2010, havia diretores que recebiam até R$ 2 mil além do salário pago pela Prefeitura”, explicou Ulrich. De acordo com ele, o objetivo é garantir que, independente de quem esteja na diretoria, ninguém possa obter vantagens por representar a categoria.