Nota de repúdio ao Plebisul

Neste sábado (1º/10) acontecerá uma das ações mais retrógradas dos últimos tempos. O movimento separatista “O Sul é meu país” vai realizar o Plebisul, um plebiscito para saber quem é a favor de separar o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná do restante do Brasil.

Para o Sinsej, esta é uma iniciativa digna de repúdio. Os servidores públicos zelam pelo acesso universal aos serviços públicos e, portanto, pela igualdade. Não é possível aceitar ideias que promovem racismo e desigualdade.

A base do discurso desse movimento é que há diferenças culturais e econômicas. Essa visão é altamente xenófoba – o que significa uma grande aversão a pessoas de outras culturas e localidades. Foram pensamentos assim que alimentaram regimes de segregação, supremacia racial, genocídio etc.

A tentativa de divulgar tais ideias em um país é algo deplorável. Nunca vivemos um ano como 2016, chegamos a mais de 65 milhões de refugiados e deslocados obrigados a deixar suas casas ou seus países de origem em consequência de guerras ou como vítimas de perseguições. O que querem os organizadores deste movimento? Começar uma guerra?

A constituição brasileira garante a unidade de nossa federação. Mas, para além da ilegalidade da questão, somos o mesmo povo, a mesma gente. A única divisão existente em nosso país – e em todo o mundo – é entre os que trabalham e os que exploram. Nossa separação não é geográfica, mas de classe social. Um trabalhador nordestino é tão ou mais explorado que um catarinense.

O próprio estatuto do Sinsej considera como prerrogativas do sindicato lutar por uma sociedade igualitária, sem explorados e sem exploradores, bem como manter a integração com trabalhadores de todo o território nacional, levando em conta os interesses da classe trabalhadora.

Sobretudo, diante de tantos ataques anunciados aos trabalhadores e aos jovens brasileiros, como o aumento do tempo de aposentadoria, a “reforma” na Educação e a destruição total da CLT, é preciso ainda mais união.

Neste sábado, não vá votar. Em vez disso, manifeste seu repúdio a essas ideias. Não queremos nos separar dos nossos iguais. Não precisamos de muros e divisões econômicas. Queremos que todos, sem qualquer tipo de discriminação, tenham pão, casa, escola, saúde, trabalho e possam viver em paz. O mundo é nosso país!

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