O calote previdenciário da Prefeitura

 

Aproxima-se mais um parcelamento de dívidas previdenciárias da Prefeitura de Joinville com o Instituto de Previdência dos Servidores (Ipreville). O que ocorria excepcionalmente em governos anteriores virou  regra no atual. Desde que assumiu a Prefeitura, Udo Döhler não pagou um único mês as cotas previdenciárias em dia.

As dívidas da Prefeitura somente com parcelamentos de contribuições não repassadas representam, em valores atuais, cerca de R$ 160 milhões. A soma das parcelas mensais pagas pela Prefeitura atinge a marca de pouco mais de R$ 4 mi. Essa conta não para de crescer. Com o novo parcelamento previsto, o total da dívida pode atingir R$ 200 mi, com parcelas que podem somar quase R$ 5 mi mensais.

Some-se a isso as dívidas de Insuficiências Atuariais. Estas representam hoje mais de R$ 710 mi, com parcelas que somam mais de R$ 2 mi mensais. Se juntarmos as dívidas de parcelamentos de contribuições com as dívidas de insuficiências atuariais, temos um endividamento da Prefeitura com o Ipreville de praticamente R$ 1 bilhão, com parcelas mensais que, somadas, representam cerca de R$ 7 mi.

Há um problema crônico nas contas municipais. Ao contrário do propalado “saneamento” das contas, estamos caminhando para uma insolvência total na área previdenciária. Esse problema não é só dos servidores, embora estes sejam os mais prejudicados.

A despeito de toda propaganda da “solidez” do nosso Ipreville, a leviandade com que a gestão municipal trata o repasse das cotas patronais ainda vai trazer imensas dores de cabeça aos servidores. Além de pôr em risco o futuro previdenciário de milhares de pais e mães de família, a gestão Udo Döhler compromete cada vez mais a capacidade de investimento da Prefeitura com a comunidade. Os R$ 7 mi gastos mensalmente com juros e parcelas de dívidas, é o dinheiro que falta para garantir remédios, vagas nos CEIs, obras públicas diversas para a população.

Já vimos isso acontecer em várias cidades e estados. Mas, antecipadamente, avisamos: os servidores municipais não vão pagar a conta dessa falta de gestão. É hora da comunidade saber o que acontece e, com os servidores, cobrar o fim dessa farra.

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