Ato “Ditadura Nunca Mais – Golpe Militar não se comemora” neste domingo
Em meio a um período de grandes ataques aos direitos dos trabalhadores brasileiros, o presidente Jair Bolsonaro determinou a comemoração, em todos os quartéis do país, do dia 31 de março – data utilizada pelos defensores da ditadura para celebrar o Golpe Militar de 1964 no país. Em Joinville, o Centro Acadêmico Livre de História da Univille está chamando um ato com o tema “Ditadura Nunca Mais – Golpe Militar não se comemora”, para protestar contra esta atitude do governo. Será no domingo (31/3), na Praça da Bandeira, a partir das 17 horas. O Sinsej parabeniza a atitude desta entidade estudantil e convida todos os servidores municipais a participarem da manifestação.
Uma ode ao absurdo
Na ordem do dia a ser lida nas solenidades, que está sendo preparada pelo Planalto, o presidente enaltece as chamadas “lições de 64”, que na realidade são lições de repressão, tortura, morte à juventude, à classe trabalhadora e suas organizações.
A comemoração da data reforça o caráter servil deste governo ao imperialismo norte-americano – que comprovadamente planejou, apoiou e se beneficiou economicamente com os 21 anos de estado de exceção no Brasil. Durante a ditadura, aprofundou-se a dependência econômica brasileira e a superexploração do trabalho. Foi um período em que toda a América do Sul foi aterrorizada pela Operação Condor e a instauração de ditaduras sanguinárias, sob o comando da CIA e do imperialismo, que procuravam impedir insurreições populares no continente.
Intenções econômicas
Em viagem ao Chile, Bolsonaro e o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, também elogiaram a ditadura de Pinochet e seus ataques aos direitos dos trabalhadores chilenos, como a reforma da previdência, a destruição do ensino público gratuito, além da eliminação violenta dos opositores do regime. Estas declarações horrorizaram o país, que ainda guarda fresco na memória os horrores de sua ditadura. No entanto, elas são elucidativas sobre o que Bolsonaro e o governo dos EUA – a quem ele não disfarça servir – realmente querem: aprovar a Reforma da Previdência e aumentar a exploração sobre a classe trabalhadora brasileira.
É dever de todo trabalhador e de toda entidade de defesa dos trabalhadores e da juventude se manifestar.
Ditadura nunca mais.
Abaixo a Reforma da Previdência.
Fora Bolsonaro.