Secretaria de Educação de Joinville se esquiva sobre números de ACTs em reunião na CVJ

Durante reunião, presidenta do Sinsej cobrou garantia de emprego aos ACTs

Na terça-feira, dia 9 de junho, a Secretaria de Educação de Joinville novamente mostrou descaso com a situação da educação do município ao participar da reunião extraordinária da Comissão de Cidadania da Câmara de Vereadores.

A reunião tinha como objetivo tratar do fim da rescisão dos contratos dos trabalhadores temporários na rede no período da pandemia, que vem sendo denunciado e questionado pelo Sinsej desde o mês de março. Além de deixar desempregados profissionais que não terão outra oportunidade de contratação em meio à pandemia, a rescisão também traz prejuízos aos alunos que ficam sem professor neste ano letivo.

Na ocasião, a Secretaria deveria trazer números referentes aos contratos existentes antes do início da pandemia e os atuais, assim como quantos foram os contratos rescindidos e quantos desses eram de professores regentes, porém esquivou-se de levar os números, o que foi considerado, inclusive por vereadores, um desrespeito com a população e com o Legislativo Municipal. A representante da SED, afirmou que somente a SGP tem esses números. Desde março, o Sinsej está buscando maneiras de garantir a continuidade das contratações até o final da pandemia. Por isso apresentou aos vereadores proposta de projeto semelhante aprovado na Assembleia Legislativa de SC. A proposta foi encampada pelo vereador Rodrigo Fachini e está em análise na Comissão de Legislação, Justiça e Redação.

A presidenta do Sinsej, Jane Becker, cobrou os números e um canal de diálogo com o prefeito Udo Döhler, para tratar de diversos temas levantados pela categoria e dar continuidade às negociações da campanha salarial, pois um dos pontos principais da pauta de reivindicações é concurso público. Ela lembrou que dias atrás, a Secretaria disse em outra reunião que não estava havendo demissão dos ACTs antes do término do contrato, mas nós sabemos que está havendo, sim, e que turmas estão sem professores. Pelos dados da transparência, em março deste ano, havia 667 professores trabalhando em vínculo temporário na PMJ e em maio, o número cai para 585.

Na próxima terça-feira, às 14 horas, uma nova reunião extraordinária da Comissão será realizada com a presença também da SGP. Nosso objetivo é resolver de vez esses problemas no serviço público para que os estudantes e os profissionais da educação sejam tratados com respeito e a valorização que merecem.

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