Em nova reunião na Câmara de Joinville, questionamentos sobre reforma da Previdência permanecem sem respostas

Em nova reunião das comissões de Saúde e Finanças, realizada nesta segunda-feira (17), na Câmara de Vereadores de Joinville, a maioria dos questionamentos dos servidores públicos sobre a reforma da Previdência permaneceu sem respostas. A reunião, a primeira após a audiência pública do dia 11 de maio, tinha como pauta o cálculo atuarial do Instituto de Previdência Social dos Servidores Públicos do Município de Joinville (Ipreville).

A reunião foi realizada com a participação online do atuário Luiz Claudio Kogut, responsável pelos cálculos do Ipreville, que foi questionado por representantes de entidades de Joinville. Jane Becker, presidenta do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Joinville e Região (Sinsej), fez uma série de questionamentos a Kogut. Algumas perguntas foram respondidas, enquanto muitas dúvidas ficaram sem respostas. Durante a reunião, o sindicato também pediu aos vereadores que solicitem ao Ipreville a apresentação do cálculo analítico, para que seja feita uma análise real da situação das contas do instituto.

Mais uma vez, a reunião demonstrou que as manifestações contra a reforma da Previdência do prefeito Adriano Silva (Novo) têm se intensificado conforme o debate vêm a público, reunindo outros segmentos da sociedade, além da categoria dos servidores públicos municipais. Além do Sinsej, outras entidades têm marcado presença nas reuniões na Câmara de Vereadores para questionar os argumentos da prefeitura sobre a suposta necessidade da reforma, demonstrando que o governo e sua base na Câmara estão cada vez mais enfraquecidos.

A reunião conjunta das comissões evidenciou, mais uma vez, a necessidade de uma auditoria contábil e atuarial do Ipreville. Diante do parecer técnico elaborado por procuradores e auditores fiscais que indica equívocos no cálculo do déficit do Ipreville e considerando que as mudanças na alíquota de contribuição dos servidores municipais são determinadas pela Emenda Constitucional 103/2019 (Reforma da Previdência do governo Bolsonaro) somente se o déficit atuarial for constatado, o Sinsej reafirma sua disposição de arcar com os custos para contratação de um atuário independente.

Não à reforma da Previdência! Essa conta não é nossa!

Foto: Mauro Artur Schlieck

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