Comissão Especial de Saúde conclui que Joinville precisa de Concurso Público

Na noite desta terça-feira (18) a Comissão Especial de Saúde da Câmara de Vereadores de Joinville apresentou um relatório com a sua conclusão da avaliação feita em cima da saúde pública de Joinville. O documento, entregue a secretaria Tânia Eberhardt, faz apontamentos que vão de encontro com o que o Sinsej tem defendido como solução para a área nos últimos meses: que a única solução é o concurso público.

O documento aponta a política de contratação de temporários como um dos causadores de lacunas nas equipes de atendimento. Existe uma alta rotatividade de funcionários nas unidades, com mais saídas do que contratações, o que faz com que haja déficit no atendimento. As Unidade de Pronto Atendimento (UPA), inclusive, não têm conseguido respeitar o tempo de espera por atendimento definido pelo protocolo de Manchester. O Sinsej já havia levantado esse ponto e apontado o concurso público como uma solução para o problema.

O levantamento feito pela Comissão apontou que das 56 Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF), 32 tiveram redução no seu quando de funcionários e apenas 16 tiveram aumento. Em algumas áreas, como a saúde bucal, há carência de profissionais para prestar o serviço. São fatores que têm gerado filas e demora no atendimento dos pacientes.

O Serviço de Atendimento Móvel de Emergência (SAMU) também foi alvo de avaliação dos vereadores. Segundo o parlamentar Cassiano Ucker, o SAMU atende cerca de 70% das ocorrências fora do horário apontado como o ideal. Isso ocorre pela falta de funcionários para formar equipes nos plantões e falta de manutenção dos veículos, que são de responsabilidade do poder executivo.

A Comissão também avaliou como ineficaz o agendamento online através de aplicativo proposto pela prefeitura. É mais uma ação que havia sido criticada pelo sindicato, uma vez que apenas transfere a fila física para a fila virtual, não resolvendo o real problema na demora para o atendimento.

Basicamente tudo que foi apontado no relatório feito pela Comissão já havia sido levantado pelo sindicato anteriormente. A constatação dos vereadores é a mesma do Sinsej: Joinville precisa de concurso público. Porém, ao ser questionada sobre isso pela imprensa, Tânia Eberhardt desconversou e pediu que essa pergunta fosse feita a Secretaria de Gestão de Pessoas.

Enquanto uma secretária joga a responsabilidade para a outra, a saúde segue sangrando na maior cidade do estado. E sem prazo para melhorar. Com o prefeito Adriano Silva (NOVO) ainda magoado com vereadores que pararam de bajular a gestão, é incerta a atenção que ele vai dar ao relatório apresentado pela Câmara. O fato é que a cidade não pode mais esperar. Joinville precisa de um concurso público imediatamente.

 

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