Décimo primeiro dia de greve em Itapoá
Os servidores municipais de Itapoá entram hoje (8/6) no 11º dia de greve. O movimento teve início após as constantes negativas de negociação do prefeito Marlon Neuber – que recebeu o sindicato apenas uma vez em dois meses.
Na tarde de ontem (7/6), foi realizado um novo ato em frente à Prefeitura. A diretoria do Sinsej, Flávia Antunes, ressaltou que o único responsável pela greve dos trabalhadores é o prefeito. Ela reforçou ainda a necessidade de manter a unidade. “O movimento partiu de uma vontade coletiva, e somente isso poderá pôr fim à paralisação. Nosso foco agora deve ser mobilizar os companheiros que permanecem nos locais de trabalho para que a greve se fortaleça a cada dia”.
Audiência Pública
À noite, os servidores se dirigiram à Câmara de Vereadores na expectativa de que fosse realizada uma audiência pública para discutir a greve e buscar a abertura de diálogo com o governo. Contudo, o que aconteceu foi uma audiência sobre o Plano Plurianual (PPA).
Para Flávia, isso deixa claro que o prefeito não está preocupado em abrir diálogo com a categoria para pôr fim à greve, o que acaba prejudicando toda a população. Os trabalhadores farão um novo pedido de audiência pública, que será protocolado pelo Sinsej. A expectativa é que ela seja agendada para a próxima terça-feira (13/6).
Os motivos da greve
Dos 18 pontos da pauta, somente a reposição da inflação e um reajuste de 10,12% no vale-alimentação foram concedidos. Não houve qualquer diálogo sobre as demais reivindicações, que incluem cláusulas sociais para a melhoria do serviço público e de condições de trabalho. De forma arbitrária, estas duas propostas foram enviadas para votação na Câmara de Vereadores, mas organização dos servidores conseguiu paralisar a tramitação das matérias.
Entre os principais itens da pauta estão a aplicação do novo Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS); eleição para diretores das escolas; regulamentação da revisão salarial mensal (gatilho salarial), conforme acordado em 2016; apresentação de proposta para zerar, até o final do mandato da atual gestão municipal, perdas salariais históricas da categoria, que somam hoje 27,73%, e pagamento de adicional de insalubridade para ACSs, ACEs e recepcionistas das unidades de saúde.
Agenda de greve para 9/6
8h30 – reunião do comando de greve.
14 horas – ato público em frente ao mercado Brasão, na Avenida André Rodrigues de Freitas, com panfletagem à comunidade e ao comércio. Em seguida, carreata até a frente da Prefeitura.