Servidores aprovam calendário de luta contra PLC 38 e em defesa do serviço público de Joinville
Diante dos ataques do prefeito Adriano Silva (Novo), os servidores de Joinville aprovaram um calendário de ações e mobilizações em defesa do serviço público municipal. As propostas apresentadas, tanto pela direção do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Joinville e Região (Sinsej) quanto pelos trabalhadores presentes, foram aprovadas por unanimidade em assembleia geral realizada na noite desta quinta-feira (23/11).
A assembleia geral, realizada na sede do Sinsej, foi conduzida pela presidente do sindicato, Jane Becker, que iniciou a noite elencando os ataques do prefeito Adriano Silva ao serviço público municipal, desde as terceirizações até o novo projeto da prefeitura de ampliação das contratações temporárias. A dirigente também falou sobre a atual situação do Instituto de Previdência Social dos Servidores Públicos do Município de Joinville (Ipreville).
Jane alertou a categoria sobre a gravidade do Projeto de Lei Complementar (PLC) 38/23, de autoria da prefeitura de Joinville, que estende o tempo de contratação de trabalhadores temporários de dois para quatro anos. A presidente do Sinsej explicou todos os pontos prejudiciais do projeto, que, se aprovado, vai precarizar o serviço público municipal, retirar direitos dos trabalhadores contratados, inviabilizar a aposentadoria dos servidores e acabar de vez com os concursos públicos municipais em Joinville.
Após a manifestação dos servidores presentes, que relataram dificuldades em seus locais de trabalho e apresentaram uma série de propostas, Jane fez um chamado à mobilização da categoria. Dispostos a defender o serviço público e sua aposentadoria e lutar contra as terceirizações e o PLC 38/23, os servidores aprovaram um calendário de ações e mobilizações. Entre as propostas aprovadas, destaca-se um ato público em frente ao Hospital Municipal São José no dia 7 de dezembro, com concentração às 17h30.
Os servidores da Educação também manifestaram preocupação com o ano letivo de 2024 e prometeram não entregar as notas enquanto a prefeitura não apresentar o calendário escolar do ano que vem. Ainda sobre esse assunto, os servidores aprovaram e constituíram uma comissão para dialogar com o secretário municipal, reivindicando o calendário escolar de 2024, com a garantia de 15 dias de recesso e 200 dias letivos.
Propostas aprovadas
– Alerta da categoria ao chamado do sindicato para manifestação na Câmara de Vereadores se o PLC 38/23 for colocado em votação
– Comissão de servidores da Educação para dialogar com o secretário municipal e reivindicar o calendário escolar de 2024, com a garantia de 15 dias de recesso e 200 dias letivos
– Não entregar as notas enquanto o calendário escolar não for apresentado
– Ato público de toda a categoria, amigos e familiares em frente ao Hospital Municipal São José, no dia 7 de dezembro, com concentração às 17h30