Ato em defesa do serviço público reúne servidores e apoiadores em Joinville
Servidores e apoiadores se reuniram nesta quinta-feira (7/12), em frente ao Hospital Municipal São José, em um ato em defesa do serviço público de Joinville. Mesmo com a chuva, o Sindicato dos Servidores Públicos de Joinville (Sinsej) manteve a manifestação, dialogando com a população e os trabalhadores do São José sobre os prejuízos causados pelas terceirizações do prefeito Adriano Silva (Novo).
A presidente do Sinsej, Jane Becker, iniciou o ato agradecendo pela participação dos servidores e a solidariedade dos trabalhadores de outras categorias presentes. Ela reforçou a necessidade de ampliação da luta contra o projeto de desmonte do serviço público de Joinville. A prefeitura quer privatizar diversos setores do serviço público municipal, da saúde à educação, do Centreventos Cau Hansen ao Mercado Público, e até as recepções.
Um dos principais alvos do prefeito Adriano é o Hospital Municipal São José, local do ato. Não fosse a mobilização do sindicato, o hospital já teria sido entregue para uma Organização Social. “Hoje, o Hospital Municipal São José é referência nacional em diversos setores de atendimento, como o de oncologia, que está na mira da terceirização. Nós não podemos permitir que o prefeito Adriano avance nessa política nefasta de precarização do serviço público na cidade de Joinville”, defendeu Jane ao iniciar a manifestação.
Além das manifestações no microfone, servidores dialogaram com a população durante o ato, entregando panfletos sobre as terceirizações e exibindo faixas em defesa do serviço público e do Hospital São José, carinhosamente chamado de “Zequinha”. Por conta do horário e do trânsito no final da tarde, o protesto alcançou centenas de joinvilenses que voltavam para suas casas após mais um dia de trabalho.
Servidores públicos que trabalham no São José também se somaram à manifestação, como o técnico em radiologia, Willian Richard Cidral, que é contra a ideia da prefeitura de Joinville de entregar o hospital para uma Organização Social administrar.
“O São José é um hospital com uma alta complexidade e referência em tratamento de AVC, o que o lobby empresarial vem deteriorando há alguns anos, inclusive com a perda da nossa hemodinâmica intervencionista. Muita gente já foi afetada com isso. Muita gente já teve perdas irreversíveis por isso. Terceirização é um aceno para a morte”, afirmou Willian.
Ipreville em risco
Jane Becker, presidente do Sinsej, também alertou os servidores sobre o risco que corre o Instituto de Previdência Social dos Servidores Públicos do Município de Joinville (Ipreville). “Nós temos um instituto próprio, onde os únicos contribuintes são os servidores públicos, além da contrapartida da prefeitura. Se nós não tivermos novos concursos públicos, o Ipreville vai a falência”, explicou Jane. “Pela qualidade e garantia de atendimento da população e pela manutenção do Ipreville, nós precisamos exigir concurso público imediato em todos os setores”, defendeu.
Solidariedade de classe
Além da direção do Sinsej e servidores públicos, participaram do ato militantes de movimentos sociais e dirigentes sindicais de outras categorias. Estiveram presentes na manifestação representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de SC (Sinte), Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Balneário Barra do Sul (Sindbarra), Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Serviços de Água e Esgotos Sanitários de Joinville (Sintraej), Sindicato dos Metalúrgicos de Joinville, Movimento Feminista da Diversidade, Movimento Negro Maria Laura, Coletivo Anarquista Bandeira Negra (CABN) e Comitê Popular Solidário. Militantes do PT, PSB e PCB, além da vereadora Ana Lucia (PT) e da assessoria da deputada estadual Luciane Carminatti (PT) também participaram do ato.