Assembleia do Sinsej destaca liberdade sindical, luta contra privatizações e calendário de lutas.

Aconteceu, na sexta-feira (25/04), a assembleia do Sinsej (Sindicato dos Servidores Públicos de Joinville) para apresentação da nova diretoria eleita e a discussão de pautas centrais da categoria, como a liberdade sindical, a privatização e o calendário de lutas para 2025. Com um discurso de união e mobilização, os dirigentes reforçaram a importância da organização da categoria frente aos desafios do próximo período.

Liberdade Sindical e conjuntura internacional
Flávia Antunes, coordenadora da mesa, abriu a assembleia relembrando a Revolução dos Cravos e o fim dos 50 anos de ditadura de Salazar em Portugal. Em seguida, a intervenção de abertura foi conduzida por Maritania Camargo, dirigente da Organização Comunista Internacionalista (OCI), que defendeu a liberdade sindical como fundamental. “É um direito de cada trabalhador se organizar no seu local de trabalho, independentemente da sua ideologia”, afirmou. Ela também repassou os conflitos globais, destacando a falta de compromisso do governo federal em romper com Israel: “Nenhum trabalhador pode ficar indiferente ao sofrimento de milhares de pessoas na Palestina, especialmente crianças”.

Sindicato de luta
Edson da Silva, presidente do Sintraej (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Serviços de Água e Esgotos Sanitários de Joinville), enfatizou o papel combativo do Sinsej: “Este não é um sindicato qualquer, mas uma estrutura fundamental para os trabalhadores. A luta de classes nos move, e só com organização mudaremos a sociedade”. Ele denunciou o caráter privatista do governo municipal e reforçou a aliança entre Sinsej e Sintraej contra a terceirização e o desmonte dos serviços públicos.

Nova diretoria e pautas prioritárias
A nova diretoria eleita foi apresentada no evento, assumindo o compromisso de fortalecer a base. A diretora Bruna dos Reis apresentou a discussão sobre a restituição de perdas de remuneração decorrentes da liberação sindical e o calendário de lutas, incluindo ações contra a privatização e precarização do serviço público.

A presidente do Sinsej, Mara Tavares, destacou a importância do diálogo direto com a categoria: “Visitamos mais de 123 locais de trabalho em três dias, e as assembleias são o espaço para decidirmos juntos os rumos do sindicato”.

Calendário de lutas e filiação
Foi aprovado o calendário de lutas para 2025, com destaque à Campanha Salarial e a mudança na data-base realizada pelo governo municipal, que ignorou dois meses de inflação. O sindicato também comemorou a adesão de mais de 100 novos filiados, reforçando que a conscientização é essencial para fortalecer a categoria.

Hospital São José e Conselho de Representante
O debate incluiu a situação do refeitório do Hospital Municipal São José – visitado pelos diretores na semana passada (leia aqui) – com a afirmação de que “só a luta muda essa realidade”. Além disso, o Sinsej propôs a eleição de representantes em todos os locais de trabalho, marcando uma reunião ampliada para 22 de maio e uma assembleia geral para 28 de maio.

Moção de apoio à greve em São Paulo

Encerrando a assembleia, Veneranda Alexandre, diretora do sindicato, leu uma moção de apoio à greve dos servidores públicos de São Paulo, que foi aprovada por unanimidade.

O Sinsej e os trabalhadores saem fortalecidos da assembleia, com o compromisso de ampliar a mobilização e enfrentar os desafios com unidade e combatividade. A direção também se propôs a reorganizar o sindicato e retomar o Conselho de Representantes por local de trabalho, que sofreu um desmonte na gestão anterior.

Por um sindicato de luta, contra as privatizações e pela valorização dos trabalhadores!