Com nível gravíssimo de contágio da covid-19, PMJ faz campanha por aulas presenciais

Para professor da UFSC autoridades deveriam buscar solução para conter a circulação das pessoas

Pelo calendário escolar, a volta às aulas na rede pública municipal de Joinville está prevista para 8 de fevereiro, no entanto os professores e servidores devem estar presentes no local de trabalho a partir do dia 3, próximo. O diferencial deste ano letivo de 2021, é que as aulas terão início inclusive no sistema híbrido, tanto presencial e virtual, em meio aos mais altos índices de contágio da covid-19, que põe o Estado de Santa Catarina em terceiro lugar no número de casos ativos do país e em 12º lugar em número de óbitos. Conforme boletim número 37 do Núcleo de Estudos de Economia Catarinense (NECAT), da UFSC, os dados dos primeiros 22 dias de janeiro indicam que a taxa de transmissão continua maior ou igual a 1, e a taxa média diária ultrapassa os cinco mil novos casos.

Em conversa com representantes do Sinsej, a Prefeitura afirmou que está fazendo campanha pela volta presencial dos alunos e garantiu devidos materiais de higiene nas escolas e CEIs. Mas até quando esses materiais de higiene serão suficientes se a maioria dos alunos frequentar as unidades de ensino, se durante todo o ano letivo faltam materiais básicos de higiene como sabonete e papel higiênico e papel toalha? Assim como, as escolas não possuem a estrutura necessária para garantir a segurança sanitária para todos os presentes como distanciamento e circulação de ar.

De acordo com o cronograma, as aulas vão ocorrer em horário normal com revezamento dos alunos. A meta é de reunir nas unidades 50% dos alunos numa primeira semana e na semana seguinte, enquanto os primeiros fazem atividades desde suas casas, o restante dos alunos frequentará as aulas presenciais. Na terceira semana, volta às unidades de ensino a primeira metade dos alunos e assim por diante. Haverá a possibilidade de escolha das famílias sobre a participação dos estudantes sobre o sistema de ensino presencial ou virtual e o governo afirmou que o trabalho remoto será permitido aos profissionais que fazem parte do grupo de risco. Porém, os professores deverão seguir novamente a jornada de trabalho dupla, tanto para o público presencial como para o virtual.

Com essa decisão, além da saúde dos alunos, a Prefeitura está pondo em risco a saúde dos servidores e professores nas escolas e CEIs até que todos esses profissionais tenham acesso às vacinas contra a SARs Covid-19.

É preciso lembrar que de 1º a 28 de novembro passado, após quase um mês de aula presencial no Estado, houve aumento em 38% da taxa de contaminação em crianças e jovens com idade entre 10 a 29 anos, segundo o boletim 30 do NECAT. Para o coordenador geral do Núcleo, o professor Lauro Mattei, a volta às aulas presenciais é mais um problema político a ser resolvido. As autoridades estão mais preocupadas em discutir outros temas que discutir medidas que venham conter esses índices de contágio.

O SINSEJ está atento aos problemas e necessidades da categoria e segue cobrando da Prefeitura ações que garantam a saúde dos servidores e da população.

Ouça, a seguir, a entrevista feita com Lauro Mattei, coordenador do Necat/Ufsc.

 

 

Professor Lauro Mattei, coordenador geral do Necat-Ufsc

 

ou ouça aqui

 

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