Servidores demonstraram força e união durante a paralisação de hoje e deliberaram por nova assembleia no dia em que o projeto da Reforma da Previdência retornar à Comissão de Legislação
Mesmo impedidos de acompanhar a reunião da Comissão de Legislação da Câmara, chamada extraordinariamente para a tarde de hoje (2) pelo seu presidente Alisson Julio (NOVO) que definiria a relatoria do projeto de Reforma da Previdência, servidoras e servidores, reunidos em assembleia, ocuparam o prédio da Câmara para exigir o direito de acompanhar a tramitação dos projetos que poderão acabar com a aposentadoria da categoria. Enquanto o Sindicato, no lado de fora da Câmara, exigia a participação popular, lá dentro o diretor do Ipreville, nomeado pelo prefeito Adriano Silva (NOVO), percorria os gabinetes disseminando as inverdades que embasam a justificativa do governo para penalizar os servidores, transferindo para a categoria uma conta que é do governo.
Após a pressão dos servidores, que se mantiveram firmes, amistosos e de cabeça erguida durante a ocupação, o presidente da Câmara Mauricio Peixer (PL) permitiu que uma comissão de trabalhadores tivesse acesso ao presidente da Comissão para pedir a suspensão da tramitação do projeto. Segundo ofícios entregues pelo Sinsej aos presidentes da Câmara e da Comissão, não há como manter a tramitação sem a garantia da participação ampla da categoria e da população, os principais prejudicados com a Reforma da Previdência. “Se nós não podemos entrar, os projetos não podem tramitar”, afirmou a presidenta do Sinsej Jane Becker. Em resposta aos servidores, o Vereador Alisson (NOVO) não acatou a suspensão e se resignou relator dos projetos de Lei Complementar nº 8/2021, de Lei Ordinária nº 23/2021 e Proposta de Emenda a Lei Orgânica nº 3/2021. Os projetos devem retornar à discussão no dia 15, mas nada impede que volte à pauta em alguma reunião extraordinária. Além da Comissão de Legislação, o texto vai passar pelas comissões de Saúde e de Finanças.
Enquanto os servidores lutam por condições dignas e seguras de trabalho e pelo direito de se aposentarem, o prefeito e alguns vereadores insistem em tentar colocar a população contra a categoria. Logo estes que, bravamente, seguem firmes na linha de frente, combatendo o avanço da pandemia, mantendo a cidade em dia e tratando as vítimas do coronavírus. Usando de muita maldade e má fé, querem penalizar a categoria que garante à população o acesso gratuito a direitos como saúde, educação e assistência social. Tudo isso cerceando o direito da categoria em se manifestar.
Com ousadia, mobilização e força a categoria deliberou por uma mobilização em frente ao Hospital São José na sexta-feira (5) às 10h com faixas e materiais de conscientização sobre a crueldade da ameaça do projeto de privatização do prefeito Adriano (Novo) que poderá precarizar o acesso da população à saúde e da Reforma da Previdência. Outro encaminhamento foi por paralisação o dia todo com assembleia às 14h no dia em que a Comissão retomar a tramitação, a princípio marcada para o dia 15 de março.