3º Congresso do Sinsej termina com a continuidade das lutas

_Há aqueles que lutam um dia; e são bons;_

_Há aqueles que lutam muitos dias; e são muito bons;_

_Há aqueles que lutam anos; e são melhores ainda_;

_Porém há aqueles que lutam toda a vida; esses são os imprescindíveis_

Foi com esses versos do poema Os que lutam, do dramaturgo e poeta revolucionário  Bertold Brecht, que a presidenta do Sinsej Jane Becker finalizou o 3° Congresso do Sinsej, nesta sexta-feira, 12 de Novembro, no hotel Tannenhof em Joinville.

O Congresso terminou com a aprovação, pela maioria dos delegados, da resolução final dos debates sobre a tese Servidor em Luta: Unidade para avançar nas conquistas, além de emendas e moções propostas pelos grupos de trabalho reunidos na quinta-feira (11). O documento final contendo as emendas referentes à conjuntura, ao balanço da atual gestão, plano de lutas e moções em breve disponibilizadas no site do Sindicato, será remetido à deliberação de assembleia geral da categoria, que será realizada em dezembro. Até lá, os delegados presentes devem levar a resolução até seus locais de trabalho e fazer a discussão do texto final com seus colegas.

Apesar da negativa do governo Adriano Silva (Novo) ao abono sobre os dias de participação dos delegados ao Congresso, os presentes estiveram firmes nas discussões sobre os rumos das lutas da categoria. Mesmo assim, agora finalizada a atividade, a direção do Sindicato vai enviar listagem com o nome dos presentes para tentar negociar mais uma vez o abono com a prefeitura.

Depois de enfrentarmos a Emenda à Constituição do Teto dos Gastos (EC 95/16), as “reformas” da Previdência em todas as esferas, a trabalhista e a lei das terceirizações, é preciso unidade dos servidores no combate às propostas de emenda à Constituição da “reforma” administrativa e dos precatórios, que estão em pauta no Congresso Nacional.

Plano de lutas e moções

Além da palavra de ordem Fora Bolsonaro e seus generais, o combate pela revogação das medidas que atacam a classe trabalhadora (já citadas acima), às terceirizações e às organizações Sociais, foram aprovadas como plano de lutas: a defesa do serviço público, do concurso público e da valorização dos servidores. A reivindicação pela aplicação do piso do magistério, pela insalubridade aos agentes administrativos nas unidades de saúde, pelo direito à ampliação ou à redução de carga-horária dos trabalhadores da educação que possuem faltas por conta de greve e mobilizações também foi incorporada ao plano final, entre outras.

As moções aprovadas foram diversas e sobre diferentes temas que envolvem desde a defesa do serviço público e do reajuste do servidor em Joinville, em Florianópolis, em São Paulo e no Estado de Santa Catarina; a CPI urgente do Ipreville até o repúdio às políticas de retrocesso de Bolsonaro, Guedes e Adriano. A postura antissindical do atual prefeito e a dos vereadores Diego (Novo) e Wilian Tonezi (Patriota) que impediram a fala da direção do Sinsej na Câmara de Vereadores de Joinville, no último dia 10, quando foi defender o direito de luta dos servidores da educação, também resultaram em notas de repúdio.

Foi um Congresso importante onde tudo correu bem, todos foram tratados com respeito, debateram acerca das divergências e onde foram traçadas estratégias das lutas necessárias para derrotar as políticas privatistas dos governos federal, estadual e municipal, que destroem os serviços públicos.

A direção do Sindicato agradece, mais uma vez, a presença de todos e convoca a categoria a dar corpo e voz às resoluções. É com a luta contra a opressão e por direitos que fazemos a nossa história, a história da classe trabalhadora. Por isso somos Servidores em Luta.

 

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