Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha

No dia 25 de julho é celebrado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Uma data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) que marca a história de luta das mulheres negras contra o racismo, o machismo, a violência e o preconceito dos quais elas ainda são vítimas.

No Brasil, as mulheres negras representam 27,8% da população, ou seja, mais de 50 milhões de pessoas. Porém, essa representatividade não é refletida nos cargos de poder do país. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), em 2020, as mulheres negras representavam apenas 2% do Congresso Nacional. Uma pesquisa realizada pela consultoria Indique Uma Preta aponta que apenas 8% das mulheres negras que trabalham no mercado formal ocupam cargos de gerente, diretora ou sócia proprietária de empresas. Presidentes ou vice-presidentes sequer chegam a 1%.

Essa invisibilidade nos cargos de poder reflete na vida dessas mulheres. Elas sofrem mais violência doméstica, são as que mais sofrem feminicídio e as que mais sofrem com o racismo. A pesquisa feita pela consultoria apontou que 51% informaram ter escutado piadas relacionadas a cor, cabelo ou aparência no ambiente de trabalho.

Falando especialmente de Joinville, é visível como a população negra foi sendo empurrada para longe dos bairros mais ricos ao longo dos anos. Concentrada nas periferias, a população negra é esquecida pelo poder público e tratada como se fosse uma minoria insignificante em uma cidade colonizada por europeus.

Em 2014, a presidenta Dilma Rousseff instituiu o dia 25 de julho também como dia de Tereza de Banguela, importante líder quilombola que liderou o Quilombo dos Piolhos, que por duas décadas resistiu à escravidão, reunindo negros e indígenas no que hoje é o estado do Mato Grosso.

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