Novamente vão tentar arrancar a estabilidade dos servidores públicos

A ESTABILIDADE retorna ao alvo dos ataques sob o falso argumento do Estado inchado de servidores públicos. Arthur Lira (PP), presidente da Câmara do Deputados, tem deixado claro que na volta do recesso, a reforma administrativa entrará na ordem do dia para a aprovação. É a reforma de Jair Bolsonaro (PL) e Paulo Guedes que a bancada petista e da esquerda lutaram bravamente para impedir a tramitação.

Lira não se conforma que esse projeto tenha sido derrotado pelo povo brasileiro com a eleição de Lula (PT), até porque há muitos interesses financeiros escusos na aprovação do projeto.

O objetivo é acabar com a ESTABILIDADE e assim, substituir os servidores por terceirizados. No lugar do concurso público entram as empresas terceirizadas, em sua maioria, vinculadas a algum político. “Imagina o lucro que esses políticos terão ao conseguir, por exemplo, com a sua empresa terceirizada, a folha de pagamento de um setor como a educação ou a saúde?”, questiona Jane Becker, presidente do Sinsej.

Sobre o argumento falso do Estado inchado, foi constatado que o Brasil tem menos servidores públicos que EUA, Europa e nossos países vizinhos. Apenas 12% dos brasileiros são servidores públicos e esse número é bem abaixo dos demais países que chegam a ter 30% de seu povo como servidores. Quanto maior o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, maior é o percentual da população como servidores. Na Dinamarca são 30,22%, na Suécia são 29,28%, na Austrália são 28,90% e no Reino Unido são 22,63%.

Confira a cartilha do Sinsej contra a reforma administrativa

O governo Lula se posiciona contra essa reforma e o ministro da economia, Fernando Haddad (PT), esclarece que ela não corta nenhum tipo de gasto do Estado. Lira não quer aprovar o projeto que barra os super salários no serviço público, seja para políticos, procuradores ou juízes, mas pretende garantir um mercado bilionário aos seus políticos protegidos e aos donos de empresas terceirizadas. Cabe saber que sem super salários, 70% dos servidores públicos brasileiros ganham até R$ 5,000,00. A reforma administrativa vai pegar esses 70% dos servidores para trocá-los por terceirizados.

O Jornal O Globo, em seu editorial de ontem, passa a exigir que a reforma administrativa não seja adiada e inclusive, cobra que não haja novos concursos públicos antes da aprovação da reforma.

Caso seja aprovada, essa reforma vai deixar toda a máquina pública aparelhada. Os políticos vão indicar seus cabos eleitorais para as funções públicas e isso será o fim de qualquer denúncia contra os políticos corruptos. Ninguém mais será denunciado porque vai imperar o medo da demissão. Pior, a cada eleição, todo corpo funcional poderá ser trocado, como ocorria na República Velha e isso será o CAOS no serviço público.

Casualmente, quando o tema vem à tona, Darci de Matos (PSD) volta ao cenário a Brasília como deputado federal. Ele foi o relator da Reforma Administrativa e sempre deixou muito claro ser contra a estabilidade dos servidores. Será que vai reassumir a relatoria desse projeto nefasto?

One thought on “Novamente vão tentar arrancar a estabilidade dos servidores públicos

  • 3 de agosto de 2023 em 14:09
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    A Política do centrão.
    Os politicos fisiologistas do centrão formam a maioria no Congresso Nacional,infelizmente!
    Defendendo a política neoliberal do Estado mínimo querem realizar a Reforma Administrativa com o objetivo de acabar com o serviço público,
    beneficando a terceirizaçao do setor público e favorecendo a privatização e seus defensores!
    Os Deputados Federais de Joinville fazem parte desse projeto!
    Em Joinville,a PMJ tentou privatizar a UPA da zona sul e o Hospital São José com o discurso vazio de melhorar o atendimento da população,infelizmente.
    Quem vai mais sofrer com essas reformas neoliberais são as pessoas que mais necessitam do serviço público!
    Como disse um amigo meu: A população com consciência critica deve dar o troco nas eleições! Eu comentei;Infelizmente o analfabetismo político do eleitor joinvillense é gritante! Como afirmou um grande filósofo:o povo é pobre do pescoço para baixo,mas pensa do pescoço para cima,não exerga sua pobreza!

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