Concurso público é solução para o combate à dengue em Joinville

Campeã de mortes por dengue em 2023, a cidade de Joinville já desponta como favorita ao “título” em 2024. Com cinco mortes no ano, o município já lidera as estatísticas em Santa Catarina, estado que teve alta de 650% no número de casos em relação ao mesmo período do ano passado.

Durante toda a gestão Adriano Silva (NOVO) o combate à dengue foi um verdadeiro desastre. E tem uma explicação: a falta de servidores. Pelo tamanho de Joinville e de sua população, a cidade deveria ter cerca de 300 Agentes de Combater às Endemias (ACE), servidores responsáveis pela fiscalização e controle dos locais com potenciais focos do mosquito. Porém, atualmente, cerca de apenas 80 ACE’s estão atuando na cidade. É menos que um terço do número necessário para Joinville enfrentar a doença.

Isso sem falar nos profissionais das unidades de saúde. Normalmente já lotadas com as outras demandas da população, as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e Unidades Básicas de Saúde-Familiar (UBSF) ficam ainda mais cheias com a epidemia de dengue. Servidores já sobrecarregados acabam sofrendo ainda mais e isso reflete no atendimento à população.

Agora Joinville está entre as cidades catarinenses que está recebendo as primeiras doses da vacina. Elas são importantes e fundamentais para o controle da doença, mas não vão conseguir fazer esse trabalho sozinhas. É preciso que a prefeitura aumente o efetivo de ACE’s para que a cidade consiga controlar os focos do mosquito, que além da dengue transmite também a chikungunya.

Esse aumento no número de servidores precisa ser feito através de concurso público. O número de servidores está defasado em várias áreas e isso fica claro quando vemos a situação alarmante que se instala em Joinville em situações como essa. A cidade precisar ter força total para combater a dengue e o quadro completo de ACE’s é fundamental para sucesso nessa batalha.