Violência contra professora no CEI Sementinha escancara abandono e desrespeito aos servidores públicos
O Sindicato dos Servidores Públicos de Joinville manifesta seu total repúdio ao caso de violência psicológica sofrido por uma professora do CEI Sementinha, no bairro Iririú. A servidora foi ameaçada e hostilizada com gritos e ofensas pela mãe de um aluno, dentro do ambiente escolar. A educadora e os demais membros da equipe se sentiram coagidos e violentados em seu local de trabalho — um espaço que deveria ser de segurança e respeito para quem ensina e cuida diariamente de nossas crianças.
Infelizmente, essa não é uma situação isolada. É mais um capítulo da escalada de agressões físicas e psicológicas contra profissionais da educação, num cenário em que os governos se omitem sistematicamente. Na última semana, em Florianópolis, um professor foi agredido fisicamente por um pai de aluno em frente a uma escola estadual. O agressor, um dos fundadores do ‘Coletivo Pais Conservadores de Florianópolis’, possui antecedentes por ameaça, perseguição e difamação. O caso chocou a comunidade escolar e acendeu o alerta vermelho para o avanço do autoritarismo e da violência dentro das escolas.
A sobrecarga de trabalho e o sucateamento do serviço público geram falta de condições adequadas, número insuficiente de profissionais e ausência de estrutura para atendimento às famílias. Quando o Estado se ausenta, sobra para os servidores — especialmente as mulheres, maioria na base da educação — o peso de lidar sozinhos com todas as contradições sociais. Isso é injusto, desumano e precisa acabar. Essa falta de investimento público provoca adoecimento, deterioração dos vínculos e desmotivação na categoria.
Além disso, diversos discursos e projetos de lei contribuem para a desmoralização dos trabalhadores da educação ao tentar censurar o debate crítico e limitar a autonomia pedagógica nas escolas.
A Prefeitura de Joinville deve assumir sua responsabilidade e garantir segurança, condições de trabalho e respeito aos profissionais da educação. O SINSEJ está acompanhando o caso do CEI Sementinha e exige providências imediatas. A naturalização da violência não será tolerada.
Nos solidarizamos com a professora agredida e com toda a equipe do CEI Sementinha. Seguiremos firmes na defesa do serviço público com dignidade para os usuários e trabalhadores.