30 Horas para a Enfermagem!

Tramita no Congresso Nacional o PL 2.295/00, que trata da regulamentação da jornada de 30 horas semanais para os profissionais da enfermagem. Aprovado no Senado, o projeto aguarda inclusão na pauta da Câmara dos Deputados desde 2009.

Desde então, os deputados têm se utilizado de manobras diversas para protelar a discussão e votação da proposta. Isso devido, principalmente, à pressão exercida pelos empresários da saúde privada.

O grande problema para os trabalhadores garantirem o avanço nessa reivindicação está na organização. Hoje não existe em nível nacional uma organização eficiente, capaz de articular o conjunto dos sindicatos que representam os trabalhadores da saúde.

Quem está articulando a defesa do projeto é a Confederação dos Trabalhadores da Saúde (CNTS) e o Cofen. A CNTS, infelizmente, não tem relação direta com os sindicatos e não consegue levar a proposta nem articular com o conjunto do movimento sindical. Por não participar de nenhuma central sindical, encontra-se isolada, fazendo um trabalho de lobby no Congresso.

Haverá paralisação de 09 a 13 de julho?

Diante do entrave na Câmara dos Deputados, a CNTS convoca os trabalhadores para uma paralisação nacional de 09 a 13 de julho, para pressionar os deputados a aprovarem o projeto. Porém, os sindicatos não receberam qualquer comunicado desta decisão.

A notícia corre nas redes sociais, mas nem mesmo no site da CNTS, há qualquer registro ou convite para a mobilização.

O Sinsej entende arriscado qualquer movimento que não tenha um forte amparo do movimento sindical em nível nacional. O sindicato não pode expor os trabalhadores a uma paralisação (e às possíveis retaliações que ela traria), sem a certeza de que o movimento de fato está consolidado, organizado, amplamente discutido com todos os segmentos que representam os trabalhadores da enfermagem.

Isso não significa que a reivindicação deva ser abandonada!

A redução da jornada de trabalho sem redução de salário é um dos maiores objetivos de toda a classe trabalhadora. A defesa da aprovação do PL 2.295/00 precisa ser organizada pelo conjunto dos sindicatos, de forma a envolver de fato os trabalhadores na discussão e mobilização necessárias.

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