Trabalhadores da Conurb passam a ser servidores
O projeto que transformava a Companhia de Desenvolvimento e Urbanização de Joinville (Conurb) no Instituto de Transporte e Trânsito (Ittran) foi aprovado pela Câmara de Vereadores de na terça-feira (3/7) e sancionado pelo prefeito Carlito Merss já no dia seguinte. Os cerca de 150 funcionários da companhia passaram a ser estatutários, mas algumas posições assumidas pela Prefeitura no processo de transposição ainda podem prejudicá-los.
Contradições
A Prefeitura já informou aos novos servidores que o tempo de serviço prestado à Conurb não será considerado em suas carreiras. A medida é contraditória, já que o calendário de férias dos funcionários está sendo mantido. Ou seja, nesta lógica o tempo de trabalho não está sendo interrompido. Além disso, a própria Prefeitura argumentou com o Ministério Público que os funcionários da Conurb poderiam migrar para o regime estatutário por já terem prestado concurso, mas agora tenta impor a eles três anos de estágio probatório.
Outro problema está no vale-alimentação. Os novos servidores estão sendo encaixados na tabela salarial da Prefeitura de acordo com a remuneração que recebiam na Conurb. Mas além desse valor eles recebiam um auxílio-alimentação de R$ 400, que está sendo ignorado.
Sinsej está ao lado dos trabalhadores do Ittran
O Sinsej acompanha a luta destes trabalhadores desde 2011. Mesmo pertencendo à outra base sindical, os funcionários da Conurb já haviam procurado o Sinsej quando houve demissões na rodoviária. A primeira reunião oficial do sindicato com os servidores do Ittran aconteceu na quarta-feira (4/7).
O sindicato já pediu uma audiência com a presidência do Ittran e Secretaria de Gestão de Pessoas para esclarecer estas questões. “O Sinsej fará todo o possível para salvaguardar os interesses dos trabalhadores”, afirma o presidente da entidade, Ulrich Beathalter.
