Quarto dia: prefeitura não consegue mais esconder a GREVE

Movimento aumenta e servidores deverão ir ao Legislativo

Nesta quinta-feira (16/5) a reunião dos comandos de greve avaliou que continua o crescimento de adesão à paralisação. Já se contabilizam 20 postos de saúde fechados, cerca de 2 mil servidores da educação parados, 40% de adesão no Hospital Municipal São José, entre outros. O PA Leste segue atendendo apenas urgências e emergências. Já os PAs Sul e Norte estão atendendo com a equipe desfalcada. Ao todo, o Sinsej acredita que quase 50% da categoria já aderiu à greve, considerando os servidores efetivos (cerca de 10 mil).

Diante deste quadro – que nem a prefeitura consegue mais minimizar – no quarto dia de greve o governo ameaçou descontar os dias paralisados e enviou um projeto com uma proposta de reajuste para a Câmara de Vereadores. Com ele, o Executivo envia para a apreciação do Legislativo a concessão de 4% em maio, 1,5% em novembro e 1,6% em dezembro. A nova “oferta” apenas adianta em um mês o parcelamento da inflação. “Os 4,5 mil servidores que estiveram na última assembleia já demonstraram sua insatisfação com esta proposta”, disse o diretor do Sinsej Jean Almeida.

Para o Sinsej, a atitude desrespeita a negociação em andamento e a organização da categoria. “Até o momento a prefeitura sustentava um discurso de conciliação, mas agora passou a informar suas decisões pela imprensa e a negociar com os vereadores ao invés de com o sindicato”, disse o presidente da entidade, Ulrich Beathalter.

Na tarde de hoje, os diretores do sindicato entregaram uma carta a todos os parlamentares afirmando que a categoria ocupará os espaços da Casa do Povo (leia a carta). “Não são as manobras políticas do Executivo que vão pôr fim à greve, o que vai encerrar a paralisação é uma proposta da prefeitura que atenda os anseios da categoria”, disse Ulrich na reunião do comando de greve.

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