Servidores de Joinville estão em Estado de Greve

Auditório e pátio do Sinsej ficaram lotados na assembleia I Foto: Aline Seitenfus
Auditório e pátio do Sinsej ficaram lotados na assembleia I Foto: Aline Seitenfus

Os servidores de Joinville decidiram hoje (25/11) entrar em estado de greve. A decisão foi tomada em maciça assembleia realizada na sede do sindicato. Uma nova assembleia, com paralisação, será realizada na próxima terça-feira, às 14 horas, na Sociedade Ginástica. A categoria protesta contra os cortes de direitos que vêm sendo anunciados desde a semana passada pela Prefeitura.

Em 20 de novembro, o prefeito Udo Döhler comunicou que cancelaria o vale-alimentação dos servidores durante alguns períodos de licença e afastamento. Além disso, seriam suspensas a possibilidade de converter um terço de férias em abono pecuniário, a indenização de licença prêmio e a cesta natalina.

Esta semana, uma portaria da Secretaria de Gestão de Pessoas aprofundou os cortes, estendendo o não pagamento de vale-alimentação para todos os períodos de afastamento, o que inclui licenças por motivo de saúde e por gestação, por exemplo.

Ulrich afirmou que a categoria não aceitará retirada de direitos I Foto: Aline Seitenfus
Ulrich afirmou que a categoria não aceitará retirada de direitos I Foto: Aline Seitenfus

Na noite de ontem houve uma reunião entre a direção do Sinsej e a equipe de governo. Döhler manteve sua posição e informou que também não será pago o abono para servidores que trabalharem durante o recesso de fim de ano da categoria.

A maior parte desses direitos consta no Estatuto dos Servidores e em outras leis municipais. Porém, o prefeito tenta retirá-los com uma portaria da secretaria.

Na terça pela manhã, ocorrerá nova audiência entre sindicato e o governo. “Esperamos que o prefeito reveja e reverta estas medidas”, disse o presidente do sindicato, Ulrich Beathalter.  “Não vamos aceitar que tirem nenhum direito nosso”.

O sindicalista explicou que, por meio de uma forte campanha publicitária, a Prefeitura tenta incutir na população a ideia de que estão sendo cortados benefícios de quem não trabalha. No entanto, o que ocorre é a preservação dos privilégios dos servidores comissionados e a retirada de direitos da parte mais fragilizada da categoria, como os que estão afastados e doentes.

Ele convidou cada servidor a conversar com seus colegas de trabalho e participar da assembleia de terça. Nesta ocasião, serão avaliados os resultados da audiência com o governo. Se não houver mudança na postura do Executivo, não está descartada a possibilidade de deflagração de greve geral da categoria.

O que ocorre é a preservação dos privilégios dos servidores comissionados e a retirada de direitos da parte mais fragilizada da categoria I Foto: Aline Seitenfus
O que ocorre é a preservação dos privilégios dos servidores comissionados e a retirada de direitos da parte mais fragilizada da categoria I Foto: Aline Seitenfus

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