Conselhos discutem Pré-Pauta de Reivindicações
Na última semana aconteceram duas reuniões de Conselho de Representantes por Local de Trabalho do Sinsej. Os conselheiros de Itapoá se reuniram no dia 20 e os de Joinville no dia 21. Ambos os encontros definiram pré-pautas de reivindicações. Agora, o assunto deve ser discutido nos locais de trabalho e todos os servidores estão convocados às assembleias:
- 27 de março, às 19 horas, na Câmara de Vereadores de Itapoá
- 28 de março, às 19 horas, na sede do sindicato em Joinville
Reunião do Conselho de Itapoá
A reunião contou com uma análise de conjuntura nacional e municipal, feita pelo diretor do Sinsej Edson Tavares, que também destacou a importância do envolvimento da categoria com a entidade. “Os trabalhadores devem estar cientes de que o sindicato é um instrumento poderoso na luta pela preservação e conquista de direitos”, salientou. Foi destacada a necessidade de se eleger um representante em cada local de trabalho.
Ao fim, a diretora Ninon Rose apresentou a pré-pauta de reivindicações que foi discutida e aprovada pelos presentes.
Pré-pauta de Itapoá:
- Revisão dos vencimentos pelo INPC acumulado no período de 1º de maio de 2017 a 30 de abril de 2018.
- Regulamentação da revisão salarial mensal (gatilho salarial), conforme acordado em 2016.
- Proposta para zeramento, até o final do mandato da atual gestão municipal, das perdas salariais históricas da categoria, que somam hoje.
- Elevação do vale-alimentação para R$ 600.
- Envio imediato à Câmara de Vereadores do projeto contendo a proposta de PCCS apresentada pela categoria.
- Pagamento do adicional de insalubridade para todos os servidores que trabalham nas unidades de saúde (independente do cargo).
- Regulamentação da jornada de 30 horas semanais.
- Garantir auxiliar em todas as turmas das creches.
- Pagamento da insalubridade sobre o salário base do servidor.
- Revogação da portaria 2.602/2018, que altera as lotações por unidade.
Reunião do Conselho de Joinville
Em Joinville, a reunião iniciou discutindo a nova Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), que tem atingido e precarizado o atendimento à população. Deise de Lima, diretora do Sinsej, explicou um pouco sobre o que representa essas mudanças para os servidores e à comunidade. “Já sofremos com a falta de profissionais, materiais básicos, medicamentos, estrutura e agora querem sobrecarregar ainda mais o servidor da saúde”, disse ela, ao mencionar que, com as mudanças do PNAB, as ACSs terão que atender o dobro de famílias. Ela fez uma convocação aos presentes para participarem da reunião no dia 12 de abril, às 19 horas, no Sinsej, que discutirá mais sobre o assunto e os encaminhamentos de mobilização.
Em seguida, o diretor Antônio Mafra fez um informe sobre o Ipreville, explicando como funciona o Conselho Administrativo do Instituto e por que os parcelamentos de dívidas da Prefeitura têm sido aprovados. “Temos cinquenta por cento de conselheiros eleitos pelos servidores, contando o presidente do Sinsej, mas mesmo assim quem desempata é o presidente do Ipreville, que é indicado pelo governo”, disse. O diretor ainda relembrou que o prefeito Udo é campeão no não pagamento das cotas patronais em dia, e que ainda esse ano atrasou um dos parcelamentos, o que indica que as finanças do município estão precárias. Ao fim, enfatizou sobre a importância dos servidores entenderem mais sobre o assunto e que o Sinsej está trabalhando em uma campanha com vídeos e informativos para alertar a categoria sobre o assunto.
O outro ponto, apresentado pelo diretor Edson Tavares, destacou o Projeto de Lei Complementar 122/2017, do Executivo, que prevê extinção de 36 cargos da Prefeitura. Destes, 26 do Hospital Municipal São José (HMSJ). A proposta tramita na Câmara de Vereadores de Joinville e está sendo acompanhada pelos diretores. Edson salientou que é preciso estar mobilizado contra essa medida, que visa precarizar e terceirizar o serviço público.
Edson também explicou sobre a diferença entre independência e neutralidade sindical, e ressaltou a importância do sindicato na luta pelos interesses gerais da classe trabalhadora.
No último ponto foi discutida a Campanha Salarial 2018 e a pré-pauta de reivindicações, que foi aprovada por todos presentes.
Pré-pauta de Joinville:
Cláusulas econômicas:
- Revisão dos vencimentos pelo INPC acumulado no período de 1º de maio de 2017 a 30 de abril de 2018.
- Reajuste de 5%, de modo a recuperar parte das perdas salariais históricas da categoria.
- Revisão mensal dos vencimentos pelo INPC (gatilho salarial).
- Aumento do valor do vale-alimentação para R$ 425,00. Vale-alimentação para todos os servidores, inclusive aos aposentados.
- Revisão do PCCS geral, de modo a garantir progressão por titulação e formação para todos os servidores, inclusive para as ACS.
- Revisão do PCCS do Magistério.
Cláusulas Sociais:
- Regulamentação da jornada de 30 horas semanais, sem redução de salário.
- Aplicação imediata dos 33,33% de hora-atividade para os profissionais do magistério, em todos os níveis.
- Revogação da portaria que suspende a possibilidade de converter um terço de férias em abono pecuniário, as indenizações e gozo de licença prêmio e o abono natalino.
- Liberação de um dia de serviço a cada dois meses para os representantes sindicais eleitos por local de trabalho e para os diretores suplentes da diretoria do sindicato.
- Licença remunerada para graduação e pós-graduação dos servidores.
- Contratação imediata e abertura de concurso para suprir a demanda nas unidades.
- Eleição direta para diretores e coordenadores de unidades, com o fim da indicação político-partidária.
- Regulamentação da lotação e transferência dos servidores, conforme projeto apresentado pela categoria.
- Revogação da extinção de cargos.
- Apresentação de proposta imediata para o atendimento da saúde dos servidores, com garantia de consultas, exames, cirurgias e internações.
- Revisão do Artigo 51 da Lei 266/2008, com a revogação da Instrução Normativa 001/2017 SGP/UAP.
- Revisão do calendário escolar.
- Rever critérios na escolha de vagas do magistério, priorizando ao que excede na unidade.
- Processo claro de liberação para pós-graduação e ampliação de vagas.
- Garantia de acessibilidade aos servidores portadores de deficiência.
Acordos não cumpridos em campanhas anteriores:
- Regulamentação de pagamento de abono aos servidores que trabalharem nos recessos e pontos facultativos.
- Pagamento da gratificação de alta complexidade para servidores dos abrigos da SAS.
- Garantir EPI e uniforme para os servidores.