Udo quer dar 1,69%. E só em agosto!
Participe da próxima assembleia dos servidores
O prefeito Udo Döhler anunciou hoje (21/5) quanto pretende dar de reajuste para os servidores municipais em 2018: 1,69% a ser pago em agosto. Para o Sinsej, esta proposta é insuficiente e o prazo para sua aplicação é injustificável. No vale-alimentação, a intenção da Prefeitura é passar dos atuais R$ 296,95 para R$ 310.
A Pauta de Reivindicações da categoria pede o índice inflacionário na data-base, em 1º de maio, mais 5% de ganho real de salário, bem como um auxílio alimentação no mesmo valor da cesta básica apurado pelo Dieese, de R$ 425.
Nenhum outro item econômico ou relacionado a melhorias nas condições de trabalho foi aceito pela gestão. Entre ironias e deboches do prefeito e sua equipe, o “não” imperou nas quatro reuniões de negociação até mesmo para os pedidos mais simples.
Os servidores têm nova assembleia da Campanha Salarial na quinta-feira (24/5), às 19 horas, no Sinsej. Outra reunião de negociação com o governo está agendada para dia 29. Isso significa que a categoria tem uma semana para fazer a Prefeitura modificar sua posição.
Confira uma projeção da proposta do prefeito em três faixas salariais:
Caso 1 – um servidor com o salário de R$ 1 mil receberia um reajuste de R$ 16,90.
Caso 2 – um servidor cujo salário é de R$ 2 mil receberia um reajuste de R$ 33,80.
Caso 3 – um servidor cujo salário é de R$ 3 mil receberia um reajuste de R$ 50,70.
Saiba como foi a quarta reunião de negociação
Após três reuniões em que foi lida e discutida toda a Pauta de Reivindicações, sem que o prefeito tenha concordado com nenhum item, o encontro de hoje começou com a cobrança de um acordo não cumprido da campanha salarial de 2014. Trata-se do pagamento de uma gratificação de alta complexidade para servidores dos abrigos da Secretaria de Assistência Social. Sobre isso, o prefeito ironizou que, se fosse o caso, deveria aumentar a carga horária dos trabalhadores do setor. Ulrich explicou novamente que esta gratificação não é vinculada à jornada, mas à especificidade do trabalho realizado nesses locais, a exemplo do Hospital São José. No entanto, a resposta foi não.
Sobre o calendário, que este ano impõe aos servidores uma semana a mais de trabalho, o secretário de Educação, Roque Mattei, disse que “não tem nenhum ruído, nenhum problema, está tudo perfeito”. Com isso, Udo encerrou a questão.
Na última reunião de negociação o sindicato também explicou ao governo que o direito ao sigilo do CID está sendo desrespeitado na implantação do novo método de comunicação digital da Prefeitura (SEI). Quanto a isso, a secretária de Gestão de Pessoas, Francieli Schultz, respondeu hoje que uma portaria será emitida ordenando que, quando um servidor não quiser ter o código de sua doença exposto em um ambiente virtual público, deverá levar o atestado diretamente à Secretaria de Gestão de Pessoas. Os diretores do Sinsej ressaltaram que esta “solução” fere a possibilidade de entregar atestados de até três dias diretamente à chefia. Este foi um direito conquistado no governo Carlito, na época, chamado de “fim da ditadura do atestado”. Ele está previsto no artigo 46, parágrafo 2º, do Estatuto dos Servidores: “Fica facultada a entrega do atestado à chefia imediata ou à Unidade de Saúde do Servidor por ocasião do retorno ao trabalho, em caso do afastamento não for superior a 3 (três) dias”. Novamente, no entanto, Udo ignorou o sindicato e seguirá com a prática de derrubar direitos estatutários por meio de simples portarias.
A total indiferença do prefeito com problemas como esse – que são fáceis de resolver e impactam diretamente a vida dos servidores – mostra o quanto este governo está cego para os problemas da categoria e da população. Além de repetir atos ilegais e institucionalizar o assédio moral, Udo repetiu novamente que sua gestão é a melhor que Joinville já teve. Ele ignora as ruas esburacadas, o arrocho salarial imposto aos servidores ano após ano, a falta de EPIs, a falta de remédios, as poucas e intermináveis obras, uma fila de espera de mais de 6 mil crianças na Educação Infantil, o pagamento de nenhuma cota previdenciária patronal em dia, entre inúmeros outros problemas.
A única forma de fazer o prefeito enxergar a situação e atender aos pedidos dos servidores é com unidade, organização e luta. Participe da próxima assembleia, dia 24 de maio, às 19 horas, no Sinsej.