Projeto de Bolsonaro fará professores trabalharem aos sábados e domingos

Aprovada na calada da noite de quarta-feira (14) pela Câmara dos Deputados, a “MP da Liberdade Econômica” é mais um duro golpe de Bolsonaro contra a classe trabalhadora. A Medida Provisória 881 prevê ainda mais precarização do trabalho, atingindo em cheio categorias como a de professores e bancários.

Um dos pontos mais graves elevará ainda mais o nível de exploração: a precarização e ampliação da possibilidade do trabalho aos domingos e feriados. Atualmente remunerado e com uma série de compensações pelo serviço desempenhado, os trabalhos no domingo se tornarão mais frequentes e a remuneração dobrada, prevista em lei, pode deixar de ser paga caso seja oferecida uma folga compensatória que cairá em um dia escolhido arbitrariamente pelo patrão.

No alvo dos setores atingidos estão os professores e os bancários, duas categorias que são parte do funcionalismo público a quem Bolsonaro declarou guerra e que agora passarão a poder trabalhar inclusive aos domingos – no caso dos professores e aos sábados no caso dos bancários. A categoria de professores, majoritariamente ocupada por mulheres, será a principal atingida por mais este presente de Bolsonaro aos patrões, o que escancara a realidade brasileira, onde a precarização tem rosto de mulher. Isto porque o projeto abre a possibilidade de professores trabalharem aos domingos ao revogar o Art. 319 da CLT que diz que “Aos professores é vedado, aos domingos, a regência de aulas e o trabalho em exames”.

Mais este ataque vem acompanhado da segunda etapa de votação da Reforma da Previdência, já tramitando no Senado, para roubar a qualidade de vida da classe trabalhadora e impedir o acesso a aposentadoria. Uma Reforma que, combinada a mais esse ataque, mantém intactos os políticos e os empresários, que são os únicos e verdadeiros privilegiados deste país. Agora a MP 881, que tramitou na Câmara como PLV 17/2019, está no Senado. “Mais uma vez devemos lembrar aos senadores que não vamos aceitar calados que nos tirem mais este direito. Eles foram eleitos pelo povo e é por nós que eles devem legislar”, lembrou a presidenta do Sinsej Jane Becker. Os ataques só serão barrados com união e resistência. Jane ressalta que a CUT e as demais centrais sindicais, junto com os sindicatos, devem construir uma grande greve geral que pare o país e impeça todos esses retrocessos.

A hora é de pressionar os Senadores para que não aprovem mais essa maldade contra nós! Mande mensagem aos representantes de Santa Catarina:

DÁRIO BERGER (MDB)

61 9113-4799

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dario.berger@senador.leg.br

 

ESPERIDIÃO AMIN (PP)

48 9981-4527

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sen.esperidiaoamin@senado.leg.br

 

JORGINHO MELLO (PL)

48 9911-2223

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sen.jorginhomello@senado.leg.br

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