Itapoá: situação gravíssima e nenhuma atitude!

No início dessa semana, o Sinsej recebeu algumas denúncias de servidores do município de Itapoá sobre casos de Covid entre profissionais da educação, alunos e comunidade. A direção do sindicato esteve em visita nas unidades e conversaram com os servidores confirmando afastamentos por suspeitas e alguns contaminados.

Na terça-feira (02) veio a óbito o professor Edson Ferreira da Veiga (42 anos) que lecionava na escola estadual Nereu Ramos vítima da Covid-19. De acordo com a escola, o profissional já estava afastado das funções e internado por causa da doença.

O Sinsej presta solidariedade aos familiares e esposa neste momento tão difícil e responsabiliza as autoridades pela omissão, impondo a volta presencial das aulas no pior momento da pandemia, justamente quando a saúde entra em colapso.

O clima de medo nas unidades faz com que os professores e pais exijam a suspensão das aulas presenciais diante da gravidade do nível de contágio na cidade. O município de Itapoá depende do atendimento de Joinville que já não possui vagas para internação em hospitais públicos e privados. Existem pacientes graves na unidade de pronto atendimento aguardando transferência.

Enquanto se vive um verdadeiro caos no sistema de saúde catarinense, o Governo do Estado e município seguem fechando os olhos para a real situação da pandemia. Mesmo enquanto outras cidades já suspenderam ou adiaram as aulas presenciais.

É inaceitável a insistência do governo do prefeito Marlon Neuber (PL) em maquiar os fatos agindo como se a situação estivesse sob controle. Não existem mais condições de internação nos hospitais e as filas por UTIs não param de aumentar. Já são 675.577 de casos de Covid-19 confirmados, somando 7.438 vidas perdidas no estado. Se nada mudar, a situação vai continuar se agravando.

A comunidade escolar sofre com o ritmo que ocorrem os contágios porque as condições sanitárias no cotidiano escolar não estão alheias ao conjunto da sociedade que vive seu pior momento na pandemia.

Sem concurso e investimentos no serviço público, faltam profissionais para manter a higienização constante do ambiente escolar, professores e auxiliares de sala para garantir que as crianças também cumpram os protocolos. Particularmente na educação infantil, onde não existe possibilidade de distanciamento entre professores e alunos, que não usam máscara e não tem noção dos perigos que os cercam.

Por isso exigimos a suspensão das aulas presenciais imediatamente. Não dá mais para aceitar a omissão dos governos. Sem testagem em massa para rastreio e monitoramento dos casos ativos, com o plano de vacinação atrasado, sem condições seguras, cada minuto que passa mais trabalhadores da educação adoecem, transmitem o vírus e o resultado está sendo devastador.

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