Denúncias feitas ao Sinsej demonstram o descaso do prefeito Adriano (Novo) com a saúde de Joinville
As graves denúncias da falta de condições de trabalho e de atendimento nas unidades de saúde de Joinville não param de chegar ao Sindicato dos Servidores Públicos de Joinville e Região – Sinsej e vão desde a falta de materiais e insumos, a acúmulos e desvios de função, defasagem nas equipes, superlotação e uma extrema pressão psicológica. A pandemia agravou ainda mais a situação que já era difícil na rede de saúde da cidade. A ausência de concurso público para a recomposição das equipes já vinha submetendo as servidoras e os servidores a péssimas condições de trabalho antes mesmo da pandemia. Com o aumento da demanda imposto pela situação atual, o sistema passou a apresentar os sinais de colapso.
Uma realidade de praticamente todas as unidades de saúde, na UBSF Ulysses Guimarães, que absorveu o atendimento da UBSF Adhemar Garcia fechada pela prefeitura em meio a pandemia, a lista de materiais faltantes é gigantesca! Por lá servidores e pacientes estão tendo que lidar com a falta de seringas de 3 ml, gazes, ataduras de 10 cm e de 15cm e compressas. Há ainda que se administrar a falta de recolhimento da rouparia e de carro para o deslocamento das equipes. A informação é de que o contrato com a Kombi que fazia este trabalho encerrou e a solução encontrada pela prefeitura foi a de alugar carros que serão dirigidos por ACSs que tenham carteira de motorista, em mais um desvio de função. No PA Norte, um quarto onde deveriam estar três pacientes acolhe seis pessoas ao mesmo tempo. Com a superlotação não é possível garantir o distanciamento necessário à prevenção à covid-19 entre outras doenças. Além disso, a falta de espaço dificulta o trabalho dos profissionais de saúde no atendimento aos doentes. As fotos enviadas deixam clara a falta de condições mínimas de trabalho.
Mas para o prefeito Adriano Silva (Novo) a prioridade não é nem os servidores muito menos a população que depende do SUS para ter acesso à saúde. Em meio à pandemia e ao caos na rede municipal de saúde, o prefeito quer reduzir o salário dos servidores públicos e acabar com o direito à aposentadoria da categoria. Para isso deu entrada na Câmara de Vereadores a projetos que aumentam a alíquota paga pelos servidores ao Ipreville e diminuem os salários, dificultam o acesso a aposentadoria e majoram em até 40% o valor da aposentadoria. No momento em que servidores e a população de Joinville mais precisam do governo, o prefeito só pensa em transferir a conta da prefeitura com o Ipreville para a categoria que vem demonstrando toda a sua capacidade de superação e determinação em atender a população apesar de todo ataque de Adriano e dos perigos da pandemia.
A direção do Sinsej segue recebendo novas denúncias e prepara um dossiê que irá embasar ações futuras em defesa da categoria, do serviço público e do atendimento gratuito e de qualidade para toda a população de Joinville.
Desvio de função tem faz tempo, mas hj é muito pior. Mudança de plantão sem consultar servidor, que vai perder aulas faculdade,levar amostras de exames de AMBULÂNCIA…
O descaso como a saúde publica é tratada em Joinville merece o repúdio de todo cidadão consciente da importância do serviço público.
Com a palavra os nobres vereadores representantes do povo e MPF.
Joinville merece uma CPI na área de saúde.