Primeira rodada de negociação da Campanha Salarial encerra com pouquíssimos avanços e reforça a mobilização para a paralisação e a assembleia de segunda

A primeira rodada de negociação da Campanha Salarial dos servidores de Joinville encerrou com pouquíssimos avanços na manhã de hoje (27).  Além do curto período de tempo disponibilizado pela gestão para as tratativas entre a direção do Sinsej e o prefeito Adriano Silva (Novo), a intransigência do governo impediu o progresso das negociações que não ultrapassaram as cláusulas econômicas.

Como primeiro ponto da reunião, o prefeito Adriano informou que não irá conceder o reajuste para a categoria. Para justificar sua decisão, usa como desculpa um parecer do TCE/SC sugerindo que o reajuste não seja dado. O que o governo oculta é que este parecer não é vinculante, ou seja, o prefeito não precisa acompanhar já que não cabe ao TCE/SC julgar as contas anuais do município, prerrogativa que é da Câmara de Vereadores.

“Esta decisão do governo em se apegar a este texto deixa claro que a intenção do prefeito nunca foi de conceder o reajuste. O governo jogou para a torcida, em mais um engodo na tentativa de desmobilizar a categoria que segue firme na luta em defesa da aposentadoria e por valorização”, declarou a presidenta do Sinsej Jane Becker.

Já sobre os descontos dos dias de greve e paralisação, o governo atendeu ao pedido do sindicato para que o prazo para a reposição dos dias parados na greve de 2020, que expira em agosto, seja estendido até 31 de dezembro de 2021. Com relação aos descontos já efetuados referentes às paralisações deste ano, o prefeito disse se tratar da ideologia de seu governo e que não irá voltar atrás, mantendo o que ele chamou de ‘coerência’. Postura que tem incluído o envio à categoria de memorando pelas chefias informando com antecedência o desconto na folha, numa clara intensão de pressionar as servidoras e os servidores que vem demonstrando muita união e garra em defesa de seus direitos. Já sobre os dias paralisados que ainda não foram descontados, o prefeito pediu um prazo para estudar uma proposta.

“Faremos uma nova rodada de negociação na manhã do dia 8 de junho e esperamos que o prefeito atenda a nossa solicitação de não penalizar ainda mais a categoria que já vem, ao longo dos últimos anos, sofrendo graves perdas salariais, agravadas ainda mais pelo momento de recessão que estamos vivendo no Brasil”, ressaltou Jane.

Sem reposição da inflação, sem reajuste, amargando perdas salariais históricas, com desconto dos dias paralisados em que estavam na luta justa por valorização e em defesa da aposentadoria e sob a ameaça do aumento da alíquota do Ipreville que acarretará na redução de 3% nos salários. A situação da categoria é grave e o momento é de resistência e luta! A presidenta deixa claro que a categoria “não abrirá mão do reajuste e da reposição dos dias parados para que não haja mais descontos”. Questionado se atenderia ao pedido de um grupo de vereadores e do Sinsej pela suspenção da tramitação da Reforma da Previdência, Adriano deixou claro que não irá acatar e que os três projetos que dificultam o acesso à aposentadoria, diminuem o valor do benefício e aumentam a alíquota do Ipreville seguirão em tramitação. Diante das recusas do prefeito em cessar os ataques aos servidores, a direção do Sinsej convoca toda a categoria para o dia de paralisação com assembleia na segunda- feira (31) às 9 horas em frente à Câmara de Vereadores.

“Ou lutamos agora ou não vamos nos aposentar”, afirmou Jane.

O que: Paralisação o dia todo com assembleia geral

Quando: Segunda-feira (31) às 9h

Onde: em frente à Câmara de Vereadores

 

 

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