Direção do Sinsej se soma à luta contra a privatização dos Correios
Seguindo o pacote Bolsonaro/Paulo Guedes de desestatização dos bens públicos, a base governista da Câmara Federal quer aprovar ainda nesta semana o projeto de lei do Executivo que privatiza os Correios e tira da empresa o monopólio sobre o Sistema Nacional Postal. Usando da justificativa da falta de capital e poder para investimentos, o governo quer leiloar 100% das ações da empresa até março de 2022.
Sobre a decisão, o governo não noticia o lucro da estatal de 1,5 bilhão de reais obtido em 2020 e de mais de 900 milhões obtidos entre 2017 e 2019, como também esconde a importância da empresa para manter o serviço de entrega em mais de cinco mil municípios brasileiros, incluindo os menores e mais longínquos no país continental.
Ainda no início do mês, a própria Procuradoria Geral da República, considerou inconstitucional sua privatização em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6.635, ajuizada pela Associação dos Profissionais dos Correios (ADCap), que tramita no Supremo Tribunal Federal.
Os Correios têm um papel social que extrapola o lucro. Além da confiança que possui dos brasileiros e dos prêmios internacionais que recebe, é responsável pela logística e entrega de livros didáticos, provas do Enem, urnas eletrônicas entre outras milhões de encomendas mensais, feitas por seus quase 100 mil trabalhadores com o uso de 25 mil veículos, 1.500 linhas terrestres e 11 linhas aéreas em operação de norte a sul no Brasil. A venda da estatal vai deixar nas mãos de empresas privadas que vão atuar somente onde houver lucro, encarecendo e tornando precários esses serviços essenciais à população. O aumento da tarifa da energia elétrica antes mesmo da privatização da Eletrobras permitida neste dia 13 de julho, já demonstrou quem vai pagar caro por essa política de entrega do patrimônio público brasileiro.
A direção do Sinsej repudia totalmente a proposta de privatização dos Correios, como de qualquer serviço público, e se solidariza aos seus quase cem mil trabalhadores que correm o risco de se somarem às fileiras dos milhões de desempregados do país.
É preciso dizer Não à essa política de venda e extinção do patrimônio do povo brasileiro. É preciso ir às ruas e lutar em defesa do que é nosso!
A privatização como projeto neoliberal dos correios representa um retrocesso econômico provocando duas realidades(aumento no valor das tarifas nos correios e desemprego).A base politica do governo Bolsonaro composta por integrantes do centrão defendem as privatizações,infelizmente!
Privatizar as estatais representa entregar o patrimônio público para grupos econômicos e empresários interessados somente no lucro,infelizmente!
Os tempos são sombrios para o povo brasileiro!