Terceirizada da prefeitura terá que pagar indenização após denúncia do Sinsej

No início de 2023 o Sinsej denunciou as péssimas condições de trabalho dos funcionários da empresa terceirizada Azulmax, responsável pela obra no Centro de Bem-Estar Animal (CBEA) da prefeitura. Com fotos e vídeos dos trabalhadores sendo transportados em um caminhão baú e almoçando no canil, o sindicato expos a situação e levou o caso até o Ministério Público. Ainda no final do ano passado, a empresa chegou a um acordo com a justiça para o pagamento de R$ 100 mil de indenização por danos morais aos trabalhadores.

Embora a própria empresa tenha admitido as irregularidades, a prefeitura de Joinville não achou que o caso merecia sua atenção e não aplicou sanções a construtora. Para o prefeito Adriano Silva (NOVO) trabalhadores sendo tratados em condições degradantes não é algo grave. Tanto é que a empresa não só terminou a obra, como ainda foi contratada para realizar outras pela cidade.

Querida pelo prefeito Adriano Silva (NOVO), a Azulmax firmou cinco novos contratos com a prefeitura, em obras que somam R$ 18,8 milhões. Ao todo, são sete obras da prefeitura sob responsabilidade da construtora. A informação foi trazida nesta semana pelo jornal Guará Joinville.

Uma delas é a reforma da praça Henrique Frederico Grun, no Rio Bonito, em Pirabeiraba. A informação, também do Guará Joinville, é de que o contrato foi assinado em setembro de 2023, com prazo de execução de 60 dias. Chegamos em janeiro de 2024 e quase o dobro do tempo do prazo previsto se passou e a obra ainda não foi entregue.

De acordo com o jornal, a própria Secretaria do Meio-Ambiente (SAMA) alertou que a empreiteira estava depositando materiais no local da obra, mas que não havia movimentação de funcionários. Quando as movimentações começaram, mais uma vez os trabalhadores estavam sem local para fazer suas refeições. Praticamente a mesma situação da obra do CBEA. Mesmo assim, a gestão de Adriano Silva (NOVO) fez um aditivo no contato e a empresa tem até fevereiro para entregar a obra.

A paixão de Adriano Silva (NOVO) por empresas terceirizadas que comprovadamente prestam serviços de péssima qualidade chama a atenção. Assim como a Azulmax, a Sepat também já foi alvo de denúncias sobre a má qualidade da alimentação que ela serve aos servidores da saúde. Na primeira denúncia, que é de 2016, já havia comprovação de que alimentos estragados e com larvas eram servidos aos trabalhadores. Desde então, em várias oportunidades o sindicato já fez denúncias semelhantes sobre a mesma empresa. No entanto, a prefeitura achou por bem dar para a Sepat mais um contrato, dessa vez com as escolas municipais. A empresa terceirizada que servia comida com larva para funcionários das unidades de saúde, agora serve também a alimentação das crianças do município.

Fica no ar a pergunta: por que a prefeitura de Joinville segue firmando contratos com empresas que ela mesma já constatou que ´restam um péssimo serviço para a população? O que faz com que o prefeito Adriano Silva (NOVO) confie tanto e de tantos contratos milionários para Azulmax e Sepat se elas vivem envolvidas em denúncias de irregularidades?

São questões que o próprio prefeito precisa explicar. Ele deve respostas para a população. O projeto de terceirizar tudo de sua gestão vem se mostrando ineficaz e problemático. A dúvida sobre quais as reais intenções desse projeto já paira sobre a cabeça do cidadão joinvilense.

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