Assembleia decide próximas ações

Em assembleia geral no dia 6 de julho, a categoria decidiu continuar mobilizada, promovendo manifestações e divulgando os desmandos do governo em toda a cidade, além de continuar a luta na Justiça.

O primeiro ato será na abertura do Festival de Dança, em 20 de julho. O Sinsej também organizará uma campanha de outdoors e de panfletagens. Judicialmente, será pedida indenização referente ao desrespeito à data base, abono dos dias parados e pagamento dos professores contratados “a termo”.

O dia da assembleia também foi de pagamento. Nessa data, todos os servidores que participaram da greve tiveram descontos. Diante da impossibilidade de negociação, a assembleia cogitou que o Sinsej fizesse nova ação para obrigar a Prefeitura a pagar o mais rápido possível, mas descartou a ideia considerando a morosidade da Justiça, que provavelmente não agiria antes do dia 15.

Os professores contratados “a termo” também tiveram descontos e a Secretaria de Gestão de Pessoas afirma que só pagará à medida que as aulas forem repostas. É um desrespeito vergonhoso que coloca em risco o direito dos alunos de terem 200 dias letivos, mas a Prefeitura aproveita-se da precariedade do contrato de trabalho desses profissionais. A regulamentação desse setor foi um dos itens de greve conquistados que devem ser implantados em 120 dias. Diante desse problema, a assembleia deliberou que o Sinsej irá à Justiça.

Além dos atrasos e descontos no pagamento, quem participou da paralisação também sofreu cortes no auxílio alimentação. Já os servidores que recebem gratificações dos Pronto Atendimentos ou Estratégia Saúde da Família tiveram o benefício totalmente cancelado. Após reclamação do Sinsej, o corte total foi considerado “um erro burocrático” e a SGP comprometeu-se a repor o desconto de todos no próximo crédito, que acontece em 29 de julho.

Da reunião que ocorreu um dia antes da assembleia na SGP, o sindicato também trouxe o compromisso de que a incorporação do abono do magistério ocorreria na folha de junho, bem como o reajuste dos Agentes Comunitários de Saúde. Já o valor retroativo a 1º de maio será pago apenas sobre a folha de julho.

O Sinsej também solicitou que os trabalhadores que tiverem dificuldade para repor suas horas (em casos como licença-maternidade, licença para tratamento de saúde, outro vínculo empregatício, pouca demanda no setor etc.) possam compensar com férias e licença-prêmio. Para os que não tiverem essas opções e se encontrarem em licença por motivos de saúde ou maternidade, o sindicato pediu que eles possam repor em um ano depois que retornarem. Por meio de um ofício que chegou poucos minutos antes da assembleia, a SGP pediu mais tempo para responder a primeira solicitação e acatou a segunda.

Diante da necessidade de acompanhar o cumprimento dessas promessas e dos demais itens do acordo, a categoria decidiu manter-se em estado de greve. O conselho de greve se reunirá quinzenalmente, o próximo encontro foi marcado para 21 de julho. A próxima assembleia geral está marcada para 28 de julho. Em 20 de outubro – fim dos 120 dias – um novo encontro vai deliberar sobre o fim ou a prorrogação do estado de greve. Também não está descartada a retomada da paralisação.

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