Por que estamos em estado de greve?

Os servidores de Joinville decidiram ontem entrar em estado de greve e agendaram uma assembleia para a próxima terça-feira (1º/12), às 14 horas, na Sociedade Ginástica.

O que é estado de greve?

Significa um aviso dos trabalhadores ao empregador de que a greve pode ser deflagrada a qualquer momento. Na tarde de hoje, o sindicato protocolou na Prefeitura um ofício avisando que a greve pode começar na próxima terça-feira, caso não haja cancelamento dos cortes e a categoria assim decida. Essa medida atende obrigação legal de avisar o empregador com 72 horas de antecedência.

Pelo quê estamos lutando?

Desde a semana passada o prefeito Udo Döhler vem anunciando que cortará direitos dos servidores para economizar. A categoria critica a forma como ele escolheu para diminuir gastos. O governo prejudica servidores concursados enquanto mantém privilégios de comissionados, verbas publicitárias da Prefeitura, terceirização de serviços (que beneficiam empresas privadas), entre outras questões.

Quais são os cortes?

1 – O vale-alimentação não será pago para nenhum servidor que estiver afastado ou gozando de alguma licença. Isso inclui férias, licenças de saúde, licença prêmio, licença maternidade, afastamento por processo administrativo etc. Este direito consta em leis municipais que instituíram as licenças.

2 – Não será mais permitido vender um terço de férias, um direito estatutário.

3 – Nenhum servidor poderá receber uma indenização em dinheiro em troca de gozar três meses de licença a cada cinco anos de assiduidade (licença-prêmio). O valor dessa indenização é de 85% do salário desses três meses. Como atualmente já está suspenso o gozo da licença onde há necessidade de substituição do profissional, na prática, o governo praticamente elimina o direito estatutário de licença-prêmio.

4 – Os servidores que trabalharem durante o recesso de fim de ano, que vai de 19 de dezembro a 3 de janeiro, não receberão hora-extra.

Como devo proceder?

No dia 1º de dezembro, os servidores devem trabalhar normalmente no período da manhã, registrando o ponto na entrada no horário normal e a saída até, no máximo, 13 horas. Às 14 horas, todos devem estar na assembleia, na Sociedade Ginástica. Juntos, os servidores conhecerão o resultado da reunião que acontece no mesmo dia pela manhã com o governo e tomarão a melhor decisão para preservar os direitos de nossa categoria.

Leia o tira dúvidas sobre greve que publicamos em maio deste ano.

Texto editado em 27/11, às 9h48

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