Precarização nas cozinhas terceirizadas não causam surpresa ao Sinsej. Nós avisamos.

Nesta sexta-feira (10) o jornal A Notícia publicou em seu portal uma matéria que relata reclamações das cozinheiras da Sepat sobre a falta de condições mínimas de trabalho nas cozinhas das escolas do município, recentemente terceirizadas pelo prefeito Adriano Silva (NOVO). O sindicato manifesta sua total falta de surpresa com os relatos e, se pudesse, levantaria uma placa com a frase: EU AVISEI!

Avisamos e não foram poucas vezes. Terceirização é isso, a precarização do serviço e dos direitos dos trabalhadores. A reportagem nos mostra que há poucas funcionárias para dar conta de todo o serviço e que elas estão trabalhando sem Equipamentos de Proteção Individual (EPI) nas unidades do município. Além disso, algumas já apresentam quadros de tendinite e bursite. A matéria inclusive, comprova a informação já divulgada pelo sindicato, de que há uma alta rotatividade de trabalhadoras, uma vez que nem todas conseguem dar conta do trabalho.

Não há outra palavra para associar a terceirização senão precarização. Menos trabalhadoras, menos qualidade, menos equipamentos, tudo logicamente para que a empresa vencedora do edital lucre mais.

Como dissemos acima, é assim em todo lugar. Nas últimas semanas uma terceirizada deixou a região metropolitana de São Paulo sem luz por uma semana, algo que nunca aconteceu quando a administração era pública. Isso é terceirização. É isso que o prefeito Adriano Silva (NOVO), como apoio do presidente da Câmara de Vereadores, Diego Machado (PSDB), estão trazendo para Joinville.

Na escola onde seus filhos estudam, a situação está assim, com cozinheiras sobrecarregadas e tendo seus direitos trabalhistas desrespeitados. Isso vai afetar o atendimento às crianças. O próximo alvo é o Hospital São José. Imagine você ou algum familiar seu doente, precisando de tratamento e o atendimento sendo feito por um profissional cansado pela sobrecarga de trabalho. Você quer correr esse risco?

Para onde se olha na terceirização se vê serviços ruins sendo entregues. Não há motivos que justifiquem substituir o serviço público por empresas que pioram o que estava sendo oferecido. A cidade sequer economiza, uma vez que segue pagando a conta para a empresa. Serviço de qualidade, só com concurso público e servidores valorizados.

Convocamos todos os servidores para a assembleia geral que vai acontecer no dia 23 de novembro, às 19 horas, no Sinsej. As terceirizações, as Organizações e o Ipreville estarão em pauta na reunião. A participação de todos é fundamental.

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